domingo, 3 de janeiro de 2016

Visão do Deus eterno


Uma das boas coisas que acontecem, quando estamos na presença de Deus; é experimentarmos o refinamento de nossa capacidade de autocrítica. O profeta Isaías, quando viu o Senhor, enxergou sua própria miséria (Isaías 6.5); e também Jó que, ao ver o Senhor, se deu conta de seu estado (Jó 42.5-6). Tenho concluído que, em nossas relações, de família ou de trabalho, não existe culpa que não nos inclua; portanto, não devemos ser tão severos com os erros de nosso cônjuge, ou dos nossos filhos; pois, seus pecados podem ter as nossas marcas. Talvez tenha sido esta visão que levou Jeremias a se incluir na culpa de seus pais (Jeremias 14.20; e até o próprio Daniel, homem de vida exemplar (Daniel 9.8). E nós não estamos excluídos desta triste relação, que denuncia o pecado de todos.

Uma das coisas mais comuns de se ver, quando lidamos com crises conjugais de quem busca ajuda; é a tendência natural dos cônjuges em conflito, de lançarem um contra o outro a culpa do seu desajuste. Então, não havendo uma mudança em seu modo de ver a crise; a rutura dos votos matrimoniais pode se tornar o passo seguinte. Tenho visto isto acontecer tantas vezes... Deixando um rastro de dor e sofrimento; que, na grande maioria dos casos, perdura por toda vida. Mas, ao nos voltamos para o Cristo da cruz; a sua visão ilumina os nossos olhos! De tal modo, que passamos a entender a realidade do nosso próprio pecado; bem como, a extensão de seus danos. Então, ali confrontados com a visão do Deus eterno; passamos a entender que não existem inocentes nesta guerra injusta.

Neste texto, Esdras desnuda o seu coração: "E perto do sacrifício da tarde me levantei da minha aflição, havendo já rasgado as minhas vestes e o meu manto, e me pus de joelhos, e estendi as minhas mãos para o Senhor meu Deus; E disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus; porque as nossas iniquidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até aos céus. Desde os dias de nossos pais até ao dia de hoje estamos em grande culpa, e por causa das nossas iniquidades somos entregues, nós e nossos reis e os nossos sacerdotes, na mão dos reis das terras, à espada, ao cativeiro, e ao roubo, e à confusão do rosto, como hoje se vê." (Esdras 9:5-7). E, nele, vemos que o pecado que envergonha e destrói é o pecado de todos nós.

Creio nas promessas de Deus - do perdão à restauração - assim como me deleito em ouvir esta linda canção entoada pelo grupo "Sinal de Alerta":
https://youtu.be/VeNM5sTTqXQ

Cordialmente;
Bispo Calegari

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