domingo, 28 de junho de 2015

Não sou pessimista


Alguns dias atrás, ao ler uma postagem do meu querido filho Pastor Calegari; me detive nesta sua declaração, que me fez refletir: "O discurso do ódio, de alguns cristãos, me incomoda muito mais que a blasfêmia dos ímpios." Também percebo evoluir linguagem de ódio e intolerância em diversas crenças; e mesmo em alguns segmentos auto intitulados cristãos. Até entendo a crescente violência presente em tais discursos, por entender que o ser humano não recriado tornou-se belicoso ao se distanciar do amor de Deus que lhe foi oferecido desde o início da criação. No entanto, me causa preocupação o tipo de discurso que vem ganhando espaço entre cristãos reconhecidamente sinceros; mas que - tangidos para um tipo de confronto que não corresponde ao conceito de testemunho "sal e luz" preconizado por Jesus - tentam nos remeter aos tempos das cruzadas e das inquisições. Valha-nos, meu Deus!
Em tempos angustiantes, como este que estamos vivendo, precisamos pensar um pouco mais no amor de Deus... Ao invés de tentarmos impor um padrão de justiça nos desprovidos da fé salvadora; que nem mesmo estão preparados para entender o amor revelado em Jesus. Me impressiona a ingenuidade de alguns líderes cristãos; ao se surpreenderem com a injustiça e blasfêmia dos infelizes desprovidos da graça de Deus... Como se eles pudessem entender a nossa linguagem (a menos, é claro, que sejam iluminados com a mesma luz com que fomos iluminados). Já tenho dito, bem mais que uma vez, que não alimento esperança no aprimoramento da conduta humana, sem que nela seja impressa a marca da cruz. Com isto, não quero passar a impressão que sou pessimista; é que o realismo com que olho a conduta dos homens, e a visão que tenho das profecias, não me permitem ver a situação de outro modo.
Vemos neste texto, que nossa missão é perdoar aos ofensores e anunciar salvação aos pecadores:
"E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; porque, o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás; porque não ignoramos os seus ardis. Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e abrindo-se-me uma porta no Senhor, não tive descanso no meu espírito, porque não achei ali meu irmão Tito; mas, despedindo-me deles, parti para a Macedônia. E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida para vida. E para estas coisas, quem é idôneo?" (2 Coríntios 2:10-16).
E quando pregarmos a Cristo; na pregação, o amor de Deus em nós será nosso melhor argumento.
Cordialmente;
Bispo Calegari

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