sábado, 21 de junho de 2014

Espelho da verdade sagrada

 
Nesta manhã, passei por uma experiência de quebrantamento incomum. Tenho percebido que o quebrantamento não pode ser uma experiência "forçada" pelo fator emocional; pois quando isto ocorre, os sons emitidos são destoantes com a realidade interior (como se duas pessoas falassem ao mesmo tempo - em visível descompasso - a de dentro e a de fora). Não é de hoje, aprendi que oração de quebrantamento, arrependimento e unção são experiências que não podem ser encenadas, como se fossem uma peça teatral. Enquanto eu orava, não consegui conter as lágrimas... Senti Deus tratando comigo! Então, mais uma vez, pude ser confrontado pela Verdade de Deus (não aquela verdade que conceituamos, que age conformidade com nossos interesses profanos e conveniências pessoais).
 
A verdade de Deus me faz temer e tremer literalmente! E não é apenas pelo fato de revelar o poder, a justiça e o zelo do Deus eterno; pois, o que mais me assustar nesta visão é ver meu real estado. É que aprendi, em minha vida com Deus; que a verdade à qual me refiro tem o dom de revelar o melhor de Deus e o pior de mim... E isso dói! Não há como contemplar o espelho da verdade sagrada, sem ver com clareza a realidade a nosso próprio respeito. É comum ouvirmos a voz de nossa conveniência e comodismo sugerir que passemos de largo, quando o espelho da verdade se postar ao alcance de nossa visão. No entanto, para quem busca conhecer a Deus; não há como mudar de nível e prosseguir na procura, sem dar uma olhada atenta neste espelho que reflete a realidade de todos nós.
 
Estou entre aqueles que percebem que a Palavra de Deus diz muito mais coisas do que parece dizer: "Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres." (João 8.31-36). E este texto não foge à regra! Se atentarmos bem, veremos nele o reflexo do espelho da verdade.
 
Cordialmente;
Bispo Calegari

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