quarta-feira, 7 de maio de 2014

Condicionamento sensitivo


Madrugada bem cedo, ainda escuro, aqui na casa dos irmãos: Octavio Henrique Santos Cordeiro & Alessandra Vieira e suas filhas: Manu, Sofia e Ana clara. Maria Célia Calegari & eu pernoitamos nesta casa de amigos bem chegados. Desci para a sala, onde me derramei perante o meu Senhor! Enquanto eu clamava a Deus (melhor atitude a ser tomada por alguém que sabe não existir outra esperança para o mundo), ouvia uma suave música de fundo, dedilhada por Octávio em seu violão. Ao orar, fui levado a considerar que tudo neste mundo é muito parecido (vida e morte, sorriso e pranto, dor e alívio, fome e saciedade); enfim... As diferenças existentes são apenas projeção do nosso condicionamento sensitivo. Será que os anjos sentem frio ou calor, fome, sede? Claro que não. Repito: As sensações físicas são temporárias e se enfraquecem - até quase desaparecer - com o entardecer da vida.
 
Diante do Deus eterno fica claro perceber que - dentre todas as coisas às quais temos acesso - a única realmente importante e prioritária é buscar Sua presença. Daí, minha constante busca por um lugar entre os que se curvam perante Sua face. Na Bíblia, aprendi que buscar a Deus sobre todas as coisas é o dever de todo homem. Em minha vida, aprendi que buscar a Deus não é apenas crer nEle ou balbuciar palavras. Isso mesmo! Demorei; mas... Finalmente descobri que buscar a Deus é manter vida de oração; e não estou me referindo à oração formal (aquela em que oramos mais para sermos ouvidos pelos homens, do que pelo Deus a Quem supostamente nos dirigimos). Quando falo em orar, estou me referindo à oração que é feita com intensidade crescente; até que o Deus eterno seja por nós convencido de que, de fato, estamos querendo manter santo e verdadeiro contado com Ele.
 
Veja neste texto, o mais perfeito modelo de oração que temos: "E, saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram. E quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação. E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava, Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia. E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão. E, levantando-se da oração, veio para os seus discípulos, e achou-os dormindo de tristeza. E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação." (Lucas 22.40-46). Ele não deixa dúvida quanto ao fato de que Jesus é o modelo ideal de vida de oração!
 
Cordialmente;
Bispo Calegari

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Compartilhar