sábado, 17 de agosto de 2013

Ministério Pastoral


Hoje, fui levado a pensar no ministério pastoral. E, mais uma vez, aprendi muito. Já tenho ouvido pastores se referirem à igreja que pastoreiam como se fosse propriedade sua (e não me refiro a tratamento afetivo; mas sim possessivo). Sempre sinto algum mal estar, quando ouço algo assim. E digo isso, porque a Bíblia ensina o contrário. Em I Cor. 12.28 está escrito que "E a uns pôs Deus na igreja..."; e, em Efe. 4.11 está escrito que "E ele mesmo deu uns para...". Notemos que em ambos os casos, o sentido literal é o de dar obreiros à igreja, para a edificação do Corpo de Cristo; não o de dar igreja à obreiros, para seu próprio proveito, entretenimento ou exercício de autoritarismo.
 
Infelizmente, é comum vermos, nos dias de hoje, pastores tomarem decisões sem consultar os anciãos (presbíteros, diáconos, etc); alguns chegando ao extremo de dizer: "aqui mando eu; eu sou o presidente", e outras declarações do gênero; coisa que nem Moisés, na dispensação da Lei, foi capaz de fazer. Na verdade, este tipo de líder já existia e era censurado nos dias primitivos (2 João 1.9); todavia, hoje sua presença é mais frequente (parece que alguns líderes novos aprendem com alguns líderes antigos a perpetuarem esta perigosa escola de liderança, na contra-mão dos ensinos de Jesus). Estou ciente de que alguns se incomodam bastante com o que escrevo; mas eu não posso me calar.
 
É importante observar, que nenhum dos apóstolos chegou a tamanha ousadia; provavelmente por saberem que Deus rejeita este tipo de atitude. Antes, eles ensinam o justamente o oposto aos líderes de igrejas: A serem mansos, humildes e submissos, servindo em amor. Pedro chega a advertir: "Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho." (I Pedro 5.3). E o próprio Jesus demonstra com palavras e atos que somos servos: "Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também." (João 13.14-15). Devemos atentar com temor para isso!
 
Cordialmente;
Bispo Calegari

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