segunda-feira, 13 de maio de 2013

Pensar com a mente de Cristo


Hoje, enquanto eu orava, fui levado a pensar na mente humana; a minha própria mente inclusive. Percebi então que o único modo de conviver em paz e harmonia, em um mundo em desavença constante; é viver pensando com a mente do outro; para então poder entender e lidar com os seus disturbios e conflitos. Aprendi a muito tempo que o meu espírito é afetado pelo que se passa em meu cérebro (seus inúmeros circuitos neurológicos) e em minha mente (seu raciocínio e suas conclusões). Digo isso, porque fui convencido de que sou um ser tricotômico; que possuo corpo, alma e espírito. Daí a necessidade que eu tenho, de aprender a lidar com o meu cérebro (que tem a ver com o meu corpo) e com a minha mente (que tem a ver com a minha alma). Sei que existe longa controvérsia teológica entre dicotomia e tricotomia; mas, no tocante à mesma, já fiz a escolha que me satisfaz.
 
No entanto - independente desta questão - é fácil perceber os conflitos existenciais que, as vezes, provocam graves danos nas relações humanas; sendo a família um dos setores mais atingidos por tais conflitos. Muitos divórcios são o produto final da incapacidade de um cônjuge "pensar" com a mente do outro. São inúmeros os casos de casais, cujo relacionamento vai se deteriorando, sem que ambos se dêem conta dos conflitos existenciais que flagelam a vida de seu cônjuge. Conflitos estes algumas vezes causados pela falta de atitude carinhosa e doação do corpo por parte de um dos cônjuges; outras vezes causados pela falta de compartilhar sonhos, visões e até mesmo simples tarefas domésticas que sobrecarregam em demasia um dos cônjuges; enquanto o outro se mantém distante, como se ele não fosse igualmente responsável pelo cuidado da casa e da família. Precisamos para pra pensar nisso!
 
Então, sei que preciso pensar com a minha mente; mas, preciso também pensar com a mente daqueles que Deus colocou ao meu lado (cônjuge, filhos, amigos, etc). Creio que, pensando com a mente do meu próximo, conseguirei entender as possíveis razões do seu modo de ser e de agir. Portanto, se eu conseguir chegar a esta condição, poderei compreender e ajudar o meu próximo; ou, pelo menos, não ser causa de sua sofrida existência. Todavia, como conseguiremos pensar com a mente do nosso próximo; se, as vezes, não conseguimos entender a nossa própria mente? Creio ter achado a solução; tão simples quanto bíblica: Eu preciso de outra mente que me capacite a "pensar" o meu semelhante de um modo isento de emoção ou razão pessoal. Enfim, para eu chegar ao entendimento perfeito nos diversos relacionamentos que mantenho, preciso entender o meu próximo com a mente de Cristo.
 
Cordialmente;
Bispo Calegari

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