quinta-feira, 21 de junho de 2012

Impedimentos


"Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos" 
(Efésios 6.18)

Na manhã de ontem, no Hotel Oásis - onde me encontro hospedado - comecei a orar a Deus. Logo no início da oração, comecei a pensar nos impedimentos que se levantam, para nos manter afastados do lugar da oração. Mesmos sendo abstratos, os impedimentos parecem ser concretos! Eles se apresentam como uma enorme barreira que precisamos escalar; um grande deserto que precisamos atravessar. Enfim... Buscar a Deus em oração é uma atividade que as vezes se apresenta cansativa e desconfortante.

No entanto, é enquanto oramos que alguns embaraços se desenrolam e alguns problemas são resolvidos. Estou plenamente convencido de que - a medida que oramos - recebemos de volta algumas coisas que julgávamos perdidas. É como se estivéssemos em uma praia deserta, olhando o fluxo e refluxo das marés... Levando e trazendo coisas... E, então, chega em suas ondas os valores que estavam se distanciando de nós. Tais como: A paz no lar, enfraquecida pelos constantes atritos; o equilíbrio moral, ameaçado por verdades e mentiras que dizem a nosso respeito. É deste modo que a oração transforma.

Mas, esta maré que vai e vem não somente traz coisas. No lugar da oração - tal e qual em praia deserta - vemos as ondas levarem para um ponto cada vez mais distante, coisas que não fazem parte de nossa vida com Deus... A vergonha e a angústia, causadas por atos impensados, dos quais nos arrependemos, são agora levadas pelo refluxo das ondas; assim também os traumas e os medos deles decorrentes; que vão sendo levados pela maré vazante - cada vez mais distantes - até desaparecerem de vista.

"Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra" 
(Tiago 5.17)

Cordialmente;
Bispo Calegari

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