terça-feira, 29 de março de 2011

Quando o Passado abençoa o Presente

Recebi a cerca de dois meses, um honroso convite do Pastor Gutemberg, para pregar no culto de encerramento do aniversário da IMW Primeira de Nilópolis. No momento do convite, fui buscar nos bastidores da memória fatos que estão lá registrados. Tanto Maria Celia quanto eu, temos várias lembranças ligadas a esta querida igreja wesleyana.

Em nossa ida, passamos antes em casa da irmã Delza, minha sogra, que foi uma das pioneiras daquela igreja; cuja história de vida cristã se entrelaça a mesma (lá ela se converteu e conduziu os seus filhos no evangelho - tendo sido Maria Celia seu primeiro fruto de convertida). Lá ela é Celia foram batizadas pelo Pastor Antonio Faleiro Sobrinho. E foi lá que ela viu o meu sogro, de saudosa memória - o Pastor Moacir Sobral de Araújo, dar os seus primeiros passos na fé; tendo sido também batizado pelo Pastor Faleiro. É lembrança que não acaba mais!

Saímos de Olaria para Nilópolis, quase escurecendo. A irmã Ione, que cuida de minha sogra, foi conosco. Como a muitos anos não vou por aquelas bandas; acabei me perdendo - indo parar em Costa Barros, Pavuna... Tendo que voltar pela linha vermelha, até Jardim América, para começar de novo (tal como acontece com um crente, quando erra e precisa começar novamente). Enfim, chegamos ao culto, com mais de uma hora de atraso; mas ainda à tempo de ver e ouvir muitas coisas maravilhosas.

Pois é: Este convite nos colocou no templo, anexos e corredores da querida IMW Primeira de Nilópolis; local que fora palco de vários atos proféticos que marcaram a nossa vida. Para homenagear a aniversariante, resolvi escrever algo que pudesse ser lido no momento da mensagem:

Quando o Passado abençoa o Presente

Existe um ditado muito conhecido pela grande a maioria das pessoas. Nele se afirma que "Recordar é viver". E sou obrigado a concordar com ele - mas apenas em parte. Tenho em minha própria vida, lembranças de um passado que me torna vivo, grato a Deus e motivado.

Mas sabemos que as memórias - em sua tarefa de rebuscar as experiências do passado - projetam do seu banco de dados; não somente as boas experiências vividas, que tanto nos alegraram e enriqueceram; mas também algumas recordações que preferiríamos esquecer. Portanto, se o ditado, por um lado, declara uma grande verdade; ao afirmar que "recordar é viver"; por outro lado, entretanto, costuma omitir outra grande verdade: Que às vezes, dependendo do foco, "recordar também é morrer".

Quanto a mim, posso afirmar que tenho, nos registros da memória, ambas as fontes de informação - as boas e as ruins. Todavia, o Espírito Santo me ensinou a lidar com isso; mantendo nos bastidores da memória, duas "gavetas": Uma delas se chama "Arquivo para lembrar"; a outra se chama "Arquivo para esquecer". Uma é para ser constantemente aberta; a outra para ser definitivamente fechada.

E, para Célia e eu, a querida IMW de Nilópolis ocupa um capítulo à parte em nossas lembranças:

Para ela, a querida "igreja de Nilópolis" a faz lembrar-se de sua conversão; de seus primeiros passos no evangelho; de amizades contraídas, que se sobrepõem ao tempo que passou; do seu primeiro pastor - o Pastor Antonio Faleiro Sobrinho; do seu batismo nas águas e com o Espírito Santo; do seu chamado... Chamado para a obra que ela continua fazendo!

Para mim, a esta querida igreja foi palco de uma das primeiras campanhas de avivamento que fiz (na semana do Natal de 1969); da mensagem que preguei no penúltimo domingo daquela semana, em plena Escola Dominical - quando avistei Maria Célia pela primeira vez e obtive a certeza de que ela seria a minha esposa... E companheira por toda a vida! E nosso inesquecível casamento aconteceu aqui... Em 11 de julho de 1970.

E nesta semana mesmo - em nosso Seminário de Imersão, em Barbacena; onde reunimos cerca de trezentos obreiros, para o lançamento do "Projeto Gceu" o Pastor Perim, SD do Distrito de Vitória, me falou de sua ida à casa do Presbítero Valtinho, antigo obreiro desta querida igreja; na cidade de Domingos Martins-ES, para levar-lhe a Ceia do Senhor. Em dado momento, ele começou a falar: "Na semana do casamento do Calegari e da Maria Célia, eu estava fazendo o púlpito da igreja de Nilópolis - por determinação do Pastor Faleiro; correndo para que ficasse pronto para a cerimonia". Este querido obreiro tem uma bela história de vida naquela igreja.

Culto abençoado do início ao fim

O culto foi marcado por grande unção. Logo após a narrativa; fui informado da presença dos filhos do Presbítero Valtinho. Foi muito bom nos abraçarmos. Até a irmã Delza sentiu-se inspirada a dar uma palavra - do próprio lugar em que estava assentada - tendo sido levado o microfone sem fio até ela. Célia também compartilhou experiências. Deus me deu uma palavra profética para a igreja, baseada em Mateus 7 e 8. Houve grande quebrantamento e um clima de avivamento. Louvo a Deus pela vida do Pastor Gutemberg e família. Glória a Deus!

Após o culto, fomos servidos por um delicioso jantar - com direito a bacalhau e tudo - preparado por irmãs muito competentes nas artes culinárias. Obreiros e irmãos se opuseram à mesa - nós entre eles. Foi bom abraçar o Marquinhos Arona, sua esposa e filhos - o menino é sua cópia; embora - como ele mesmo diz - melhorada. O Marquinhos é filho da irmã Isabel Arona, que foi uma coluna nesta igreja; cuja vida se entrelaça com nossa história de vida conjugal. Ela disse à irmã Delza: "Deus trará um pastor para conhecer e casar com Maria Célia" (Deus lhe revelara).

Obrigado Jesus, por lembranças tão enriquecedoras! Amanhã, segunda-feira, é outro dia... E iremos revigorados, para pregar em mais um aniversário de igreja - o culto de celebração dos 31 anos de existência da IMW de Boa vista - em Volta Redonda.

Cordialmente;
Bispo Calegari

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